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O Núcleo de Economia da ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos) informa que em maio, o emprego com carteira assinada em São Carlos sofreu queda de 203 postos de trabalho, em relação ao mês de abril.
Segundo o economista Elton Eustáquio Casagrande, todos os setores – com exceção de serviços – registraram queda no número de emprego com carteira assinada, sendo que as principais baixas foram na indústria (-140) e agropecuária (-119). “O setor de serviços registrou aumento de 114 novos postos de trabalho no referido mês”, pondera.
O economista explica que na comparação mês a mês, considerando o mês imediatamente anterior e o nível do emprego formal de dezembro de 2015 como início, janeiro apresentou queda no emprego total, seguido por aumento em fevereiro. Em março houve nova queda, porém pouco relevante, e em abril novo aumento, o maior registrado nos primeiros cinco meses do ano. Em maio houve nova queda, a maior registrada no período. “Essas movimentações levaram o nível de emprego com carteira assinada na cidade de São Carlos ao total de 75.112 postos de trabalho no mês de maio”, afirma.
Elton salienta que, considerando o nível do emprego de janeiro como início, a evolução do emprego formal nos primeiros cinco meses do ano foi positiva e significou 25 novos postos de trabalho, porém não foi o suficiente para ultrapassar o nível de emprego formal registrado em dezembro de 2015. “Esse número é baixo e sinaliza mais uma estabilidade do nível de emprego formal em São Carlos do que necessariamente um crescimento, mas é importante quando consideramos que novas contratações são medidas de médio prazo, devido a todos os custos associados às demissões e contratações”.
Ainda de acordo com Elton, a relativa estabilidade do emprego nesses primeiros meses do ano significa que se mantém o número de pessoas com renda e consequentemente, com possibilidade de consumir. “Mesmo assim, o consumo na região continua contido. Isso pode ser atribuído à baixa confiança do consumidor, gerada pelo quadro econômico atual do país, às incertezas políticas e à inflação que corrói sua renda. A incerteza sobre o futuro e o aumento dos preços de produtos do consumo básico leva as pessoas a optarem pela diminuição dos seus gastos e evitar compras a prazo com medo de, no futuro, não terem mais renda para garantir seus gastos básicos e honrar seus compromissos”, menciona.
Por fim, o economista diz que caso a confiança desses consumidores melhore em relação às suas condições financeiras e a condição econômica do país, eles voltarão a consumir. “Novos gastos irão impulsionar os negócios locais e esse impulso levará os empresários a realizar os investimentos necessários para atender a essa demanda motivada pelo aumento da confiança. Se esse movimento ocorrer, poderá significar o início de um ciclo de recuperação para a economia local”, completa Elton Eustáquio Casagrande.