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Araraquara encerrou 2019 com a abertura de 1134 novas vagas com carteira assinada, o que representa uma elevação de 1,5% quando comparado com o ano anterior. De acordo com levantamento do Núcleo de Economia do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o saldo final de vínculos ativos no município totalizou 75.016 em dezembro de 2019. Esse é o melhor resultado desde 2015, quando o saldo foi de 75.143 trabalhadores formais.
A análise aponta ainda que o setor de serviços é o que mais emprega na cidade, representando 43,2% do total de trabalhadores. Na sequência, aparecem os setores de comércio e da indústria de transformação, com participação de 22 e 19,2%, respectivamente.
No acumulado do ano, o destaque fica com a construção civil. O segmento fechou 2019 com alta de 7,41%, reforçando a trajetória de retomada mais consistente do emprego, com 200 vagas formais de trabalho criadas, com contratados distribuídos em construções de empreendimentos imobiliários, obras de urbanização e infraestrutura e reformas de empresas em expansão.
Já o setor de serviços registrou alta de 1,2% ao longo de 2019, encerrando o período com geração de 356 novos postos de trabalho. Por outro lado, o comércio teve queda de 0,58%, registrando 100 vagas a menos no mesmo intervalo.
Para Marcelo S. Cossalter, pesquisador do Núcleo de Economia do Sincomercio, o início do ano é um período complicado para o comércio, já que a maior parte das famílias está controlando o orçamento após os gastos de final de ano, e economizando para as despesas comuns dos primeiros meses, como material escolar, matrícula, IPVA, IPTU, entre outros. “O saldo negativo do segmento está relacionado ainda com a demissão de funcionários temporários contratados para suprir a demanda de final de ano”, explica.
No fim de 2019, uma pesquisa realizada pelo Sincomercio Araraquara identificou que, entre os lojistas entrevistados, 65% tinham a intenção de contratar funcionários extras em dezembro. “Porém, apenas 36% destes efetivaram tais trabalhadores e ampliaram o quadro de empregados. Por outro lado, 64% não sentiram tal necessidade”.
Esse resultado sugere que a recuperação econômica se dá a passos lentos. “Apesar do gradual crescimento já apontado pelos principais índices do mercado, o nível de emprego leva tempo para ganhar fôlego e passa diretamente pela retomada do consumo das famílias, da reocupação da capacidade ociosa na indústria e do avanço das reformas estruturais, para que o investimento volte a crescer e puxe as novas contratações no mercado de trabalho”, diz Marcelo.
Para o pesquisador, ainda assim, tendo em vista a melhora dos resultados registrados na maior parte dos segmentos no decorrer de 2019, as perspectivas para recuperação do emprego em Araraquara são positivas, o que parece apontar para a tendência de redução do desemprego local.