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São Carlos apresenta saldo comercial deficitário no mês de outubro

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As exportações quando comparadas ao ano de 2018 estão maiores na cidade e as importações um pouco menores.
 Terça, 12 Novembro 2019 15:06h - Modificada em: Terça, 12 Novembro 2019 15:17h
Do Portal SCDN*

O município de São Carlos apresentou saldo comercial deficitário no mês de outubro. Os dados são do informativo econômico da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC). O crescimento das importações de partes de motores e de transmissão, bombas de ar a vácuo e compressores, fios, cabos de fibra ótica são alguns exemplos importados. Produtos finais exportados por São Carlos dependem de importações de alto valor agregado.

Motores, bombas/compressores de ar/ventiladores, lápis e ferramentas pneumáticas/hidráulicas são exemplos dos principais produtos exportados. Perspectivas de melhoria dos valores exportados podem garantir a demanda regional maior, e principalmente para a cidade. As exportações quando comparadas ao ano de 2018 estão maiores na cidade e as importações um pouco menores.

De janeiro a outubro a cidade registrou 83 firmas exportadores e 141 importadoras. O principal parceiro comercial para as exportações de São Carlos foi o México, responsável por mais de 22 milhões de dólares da soma de exportações, valor que representa mais de 50% do total exportado, tendo os EUA em segundo lugar, com seis milhões.

Os parceiros das importações do município são um pouco mais equilibrados: em primeiro lugar estão os EUA, com um valor de quase 11 milhões, seguido pela Alemanha, com cerca de 9,5 milhões, e depois vêm a China e a Áustria, com aproximadamente 4,1 milhões cada.

Tabela 1 – Balança Comercial de São Carlos

Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.

Brasil - O destaque para o comércio exterior brasileiro no mês de outubro de 2019 foi o saldo da balança comercial. A equipe da COMEX do Brasil – do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apontou a queda nos preços internacionais de vários produtos, a crise econômica na Argentina e a menor demanda por soja na China como os principais fatores para que a balança comercial (diferença entre exportações e importações) apresentasse no mês de outubro o menor superávit para o mês de outubro, desde  2014.

O saldo de US$ 1,206 bilhão, segundo divulgou a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia é 79,2% inferior ao registrado em outubro de 2018 (US$ 5,792 bilhões) e o pior para o mês desde 2014, quando a balança tinha fechado com déficit de US$ 1,188 bilhão.

Na Figura 1 verifica-se que os saldos dos meses anteriores a outubro apresentaram valores muito superiores. As importações ficaram praticamente estáveis, mas as exportações caíram cerca de 20%, em particular, de petróleo bruto, aço e soja em grãos. Essa última alimenta a produção suína na China. As exportações de milho, algodão, carne suína e bovina cresceram e podem favorecer as cadeias produtivas regionais desses produtos.

A importância do saldo da balança comercial se explica por dois aspectos. O primeiro é que as exportações líquidas positivas significam a internalização do emprego e as possibilidades de expansão do Produto Nacional. O segundo refere-se a importância do saldo para o fechamento do Balanço de Pagamentos e a manutenção das Reservas Internacionais que asseguram a estabilidade do equilíbrio externo brasileiro.

Na avaliação do Governo o saldo comercial será menor do que o valor alcançado em 2018. Até a segunda semana do mês de novembro o saldo do ano (janeiro – novembro) havia atingido US$ 50 bilhão enquanto neste ano, 2019, o saldo atingiu US$ 34.935. A marcação feita através das vendas médias diárias aponta para valores abaixo do ano passado.

A razão da queda comercial reside muito mais na queda dos valores dos produtos exportados e também devido a redução das quantidades embarcadas, como aponta o próprio Ministério. A pauta brasileira, carente de produtos de alto valor agregado, demonstra o atraso tecnológico do país. Ainda há uma perspectiva que o uso extensivo do trabalho e, principalmente, terra pode promover desenvolvimento. Em verdade, o uso extensivo da terra levará a redução da vantagem climática brasileira sobre os competidores estrangeiros. O agronegócio como um todo devia estar procurando apoio do Governo para o aumento da produtividade, investimentos em centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. O país depende de uma boa dose da visão inovadora da classe empresarial. Quanto ao uso extensivo do trabalho o resultado será de mais para o atraso tecnológico. A concepção do empresariado pró-tecnologia precisa ser dinamizada.

Figura 2 – Balança Comercial Brasileira – Novembro de 2019 US$ Milhões – FOB

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