Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Publicado em 05/09/2018 – 15:21
Por Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil São Paulo
A atriz Beatriz Segall morreu hoje (4) aos 92 anos, confirmou a assessoria de imprensa do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internada. Segundo a família, a atriz estava internada desde o dia 16 de agosto com quadro de problemas respiratórios e faleceu por volta das 12h. O velório terá início às 19h, no próprio hospital, e se estenderá até a tarde de amanhã (6), quando será realizada a cerimônia de cremação do corpo da atriz.
Beatriz Segall nasceu no Rio de Janeiro, em 25 de julho de 1926. Começou a carreira com um curso no Serviço Nacional de Teatro. Na década de 1950 foi estudar teatro e literatura na França. Por lá, conheceu o futuro marido Maurício Segall, filho do pintor Lasar Segall.
De volta ao Brasil, Beatriz se afastou dos palcos, se dedicando à família e aos três filhos por cerca de 10 anos. Em 1964, foi convidada pelo diretor José Martinez Corrêa para substituir a atriz Henriette Morineau em uma peça do Teatro Oficina. Aceitou e retomou a carreira artística.
Durante o final da década de 1960 e os anos 1970, além do teatro, também fez trabalhos para a televisão e o cinema, como os longa-metragem À Flor da Pele (1976) e O Cortiço (1978), de Francisco Ramalho, e participou da novela Ana, na TV Record, em 1968.
Em 1978, estreou na TV Globo na novela em Dancin’ Days, de Gilberto Braga. Com o sucesso, atuou no ano seguinte em Pai Herói, de Janete Clair, onde viveu a vilã Norah. Participou de algumas novelas da TV Bandeirantes e do filme Pixote, a Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco. Também passou pela TV Manchete.
Em 1988, fez o seu papel mais famoso na televisão, como a vilã Odete Roitman, em Vale Tudo, sua terceira novela com Gilberto Braga. O sucesso fez com que Beatriz ficasse marcada pelo resto da carreira por essa atuação até no exterior.
Beatriz Segall nunca abandonou, no entanto, a carreira no teatro, sendo premiada por duas vezes como melhor atriz brasileira com o troféu Mambembe, com a peça Emily, de William Luce, em 1984, e em O Manifesto, de Brian Clark, em 1987.
Nos últimos anos, fez outros papeis na televisão, como na novela Lado a Lado (2012) e o seriado Os Experientes (2015), ambos exibidos pela TV Globo.