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Cresce número de moradores de rua em SP

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rua

Do Site https://horadopovo.com.br/

04/02/2020

 

Dados da Prefeitura apontam que 24,3 mil pessoas estão embaixo de viadutos e dormindo ao relento em SP

A população de rua da cidade de São Paulo atingiu em 2019 o maior patamar da história, segundo censo da Prefeitura da capital paulista. Um aumento de 60% em quatro anos.

De acordo com os números do Censo da População em Situação de Rua 2019, divulgados pela Secretaria de Assistência Social, na sexta-feira (31/01), 24.344 pessoas estão nesta condição na cidade de São Paulo. Destas, 11.693 estão acolhidas e 12.651 em logradouros públicos ou na rua. O último censo, realizado em 2015, identificou 15.905 pessoas.

A Prefeitura de São Paulo destaca a relação do grande número de moradores de rua com a crise econômica e o aumento do desemprego. Em 2015, a taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo, segundo o Dieese ( Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), era de 13,2% e em julho de 2019 chegou a 16,6%.

A grande parte dos que vivem nas ruas tem entre 31 e 49 anos (46,6%) e 3,9% são crianças. O estudo apontou ainda que 85% da população de rua é formada por homens, com idade média de 41 anos.

De acordo com a Prefeitura, além do desemprego, há outros fatores que levam as pessoas às ruas, como “conflitos familiares, moradia, saúde, migração, saída do sistema penitenciário e uso abusivo de álcool e drogas”.

DEVASTAÇÃO ECONÔMICA 

O crescimento da população de rua acompanhou o ritmo da maior recessão econômica do país de 2014 a 2016. De lá para cá, a economia segue no fundo do poço com milhões no desemprego e na informalidade, além dos cortes nos direitos, nos benefícios sociais e na assistência médica para quem precisa, acelerados no governo Bolsonaro.

Segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na sexta-feira (31/01), o Brasil encerrou o quarto trimestre de 2019 com 11,6 milhões de desempregados e mais de 38 milhões de brasileiros no trabalho informal, sem renda fixa, sem direitos trabalhistas, sem carteira de trabalho, vivendo de “bico”.

Outros 4,7 milhões simplesmente desistiram de procurar emprego, os chamados desalentados. Não surpreende que sem nenhuma opção ou assistência, muita gente vá parar na rua.

O quadro dramático da população que perambula pelas ruas de São Paulo é o reflexo da situação do maior parque industrial do país, responsável por mais de 34% do total da indústria brasileira. Em novembro, a produção industrial paulista caiu 2,6% e a indústria nacional recuou 1,2%. De janeiro a outubro, a indústria paulista fechou 12,5 mil vagas, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Para os empresários do setor, “não há recuperação da economia sem indústria”.

AÇÕES EMERGENCIAIS

Segundo o prefeito Bruno Covas, a pesquisa estava programada para ser realizada em 2020. “Desta forma, teríamos esse resultado apenas em novembro, mas resolvemos antecipar, pois não teríamos como tratar da implementação de uma política pública sem termos os dados para saber o que fazer e de que forma fazer”, declarou.

Entre as ações emergenciais da prefeitura para amenizar o problema, estão desde a geração de vagas junto a empresas que prestam serviços à prefeitura até ações para aumentar o acolhimento dessa pessoas, assim como garantir o acesso à assistência médica e ao ensino público.

 

Do Jornal https://horadopovo.com.br/

04/02/2020

Praça da República no centro de São Paulo. Foto: Hora do Povo

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